quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Suicídio



Suicídio, será que você está se matando e não sabe?


Suicídio é um assunto que muita gente nem pára para ler sobre, de tanto medo. Medo de que ocorra com alguém que ama, medo de enlouquecer e de repente cometer a loucura de tirar a própria vida. Bem, esta é a idéia que temos sobre suicídio: tirar a própria vida. No dicionário acharemos suicídio como “ruína ou desgraça, procurada espontaneamente ou por falta de juízo”. Mas eu não gosto das coisas muito simplesinhas assim não, e acho que existem muitas e muitas formas de suicídio. Este será nosso assunto hoje.


Todos nós somos responsáveis por nossos corpos e mentes, e o bem ou mal estar destes depende inteiramente de nós. Devemos ter todos os cuidados possíveis para a manutenção de nossa saúde: ter uma boa higiene, alimentação adequada, exercícios, médicos e medicamentos se forem necessários. Tudo isso com muito respeito e carinho por nós mesmos.


Se uma pessoa sabe que tem alergia a determinado alimento e mesmo assim o come, ela está desrespeitando a ordem do seu corpo, fazendo-o sofrer, mas se logo em seguida ela percebe que isto não é legal e acerta sua alimentação, o corpo reagirá positivamente, pois temos uma capacidade incrível de regeneração.


Mas, se uma pessoa é alcoólatra e em função disso desenvolveu doenças relacionadas a este vício, então é um suicida, lento, mas é um suicida. Lento por quê? Por que não pôs fim na própria vida de uma só vez, fez aos poucos, lentamente, dia a dia. Fumantes são suicidas lentos também.


Existem os suicidas disfarçados, que são aqueles que sabem que o que estão fazendo é errado, mas mesmo assim fazem, achando que nunca irá acontecer nada com eles. Nesta categoria estão aqueles que dirigem sem atenção ou com sono; aqueles que pedem carona a quem não conhecem; os que fazem esportes radicais sem averiguar detalhadamente o equipamento e a formação dos monitores; participantes de rachas ou que dirigem em alta velocidade ; aqueles que tomam medicamentos sem receita porque “acham” que vai fazer bem ou porque a amiga falou que era bom. Não é colocar a saúde em risco? E entrar em uma cirurgia desnecessária por estética ou vaidade não é um risco desnecessário?


Agora chegamos ao tipo mais complicado de suicídio:


Pensem comigo: todos sabem que nosso corpo responde positivamente ou negativamente à qualidade dos nossos pensamentos, e que muitas doenças foram primeiramente criadas em nossa mente e depois passaram para o corpo. Tudo, tudo, tudo começa na cabeça. Então, vamos olhar a qualidade dos nossos pensamentos para ver se não estamos nos matando aos poucos.


Uma pessoa ansiosa, que quer tudo para ontem, estressada, sem alegria de viver, pode vir a sofrer uma doença séria que a obrigue a parar e rever sua vida. Bem, aí todo mundo fica com pena e diz: foi o destino! Acho que o destino entra onde terminam nossas escolhas. A doença dessa pessoa foi provocada por ela, então é responsabilidade dela cuidar dos próprios pensamentos e mudar o jeito de encarar a vida. Tem gente que se mata aos poucos, sofre horrores, por pensar de maneira errada. Pensamentos errados geram doenças e tudo que fazemos contra a nossa saúde é suicídio.


Nós somos máquinas perfeitas, que funcionam de maneira magnífica, por que estragar isso? Vamos prestar mais atenção se estamos ou não nos prejudicando, pode até ser sem querer, mas fica aqui o alerta.

Maria de Fátima Hiss olivares
Psicóloga clínica

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