sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Feliz Natal


Feliz Natal para aqueles que ainda mantém puro o coração.
Feliz Natal para aqueles que conseguem sentir-se felizes ao ouvir o riso de uma criança, e que riem junto.
Feliz Natal para aqueles que gostam de ficar enroscadinhos no sofá assistindo aos mesmos filmes velhos de natal na TV, como se fosse a primeira vez.
Feliz Natal para aqueles que dormem com a esperança que o Papai Noel entre sorrateiro e deixe um presentinho.
Feliz Natal para aqueles que sentem o cheiro do Natal.
Feliz Natal para aqueles que adoram entrar numa loja cheia de luzinhas brilhantes e ouvir musiquinhas de harpa.
Feliz Natal para aqueles que se permitem dar-se um brinquedo, apesar da idade.
Feliz Natal para os que sonham com um ano novo melhor.
Feliz Natal para aqueles que abraçam papais-noéis e ficam felizes quando ganham balinhas.
Feliz Natal para aqueles que cantam musicas natalinas nos corais.
Feliz Natal para aqueles que recebem o menino Jesus em casa ou fazem as novenas natalinas.
Feliz Natal para aqueles que distribuem cestas de natal e brinquedos para os menos favorecidos.
Feliz Natal para aqueles que sorriem e se divertem mesmo quando ganham um presente feio de amigo-secreto.
Feliz Natal para aqueles que adoram o cheiro do panetone.
Feliz Natal para aqueles que enfeitam a árvore, e olham orgulhosos para ela depois.
Feliz Natal para os gulosos que se permitem fartar na ceia.
Feliz Natal para aqueles que acham lindo as bolachinhas de natal e ficam com pena de comê-las.
Feliz Natal para aqueles que saem á noite só para ver a decoração natalina das casas e levam os filhos junto.
Feliz Natal para aqueles que se emocionam.
Feliz Natal para aqueles que amam.
Feliz Natal para aqueles que como eu AMAM O NATAL.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pierre Weil

Video em homenagem ao mestre Pierre, que modificou minha vida. Com sua sabedoria profunda e simples, sempre de pantufas e comendo muito queijo, somente depois de sua passagem descobriu-se que ele tinha o título de Lama. Mais uma prova de que, quem sabe de verdade atinge a simplicidade e não precisa dos aplausos e glórias.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A maldita carência





Como diziam os Titãs:

“Você tem fome de quê?”

Depois de um bom tempo tendo relacionamentos não satisfatórios, ou depois de um grande período de seca (sem relacionamento nenhum), a tal carência afetiva aparece. Surge a vontade de ser abraçado, beijado, amado e desejado por alguém.

 Até aqui, tudo certo.

Vamos entender a carência como fome de afeto.

A complicação começa quando a pessoa não tem outros objetivos fortes na vida, além do amoroso. Não tem outras preocupações consistentes. Então este aspecto passa a ser priorizado com intensidade. Por exemplo, se você tem um filho doente, consegue pensar em carência? Não. Se você tem um trabalho que exige de você toda a sua criatividade, e você o adora, sua carência seria muito grande? Provavelmente não.
Na ausência de outros objetivos que satisfaçam a pessoa, como estar realizado no trabalho, ou bem consigo mesmo, a carência continua existindo, mas com baixa intensidade. Ela não atrapalha. Quando a carência toma proporções maiores do que a desejada, as “fomes” aparecem.

“Você tem fome de quê?”

A fome de carinho e atenção pode surgir disfarçada de fome por comida. É muito comum confundir as “fomes”. Desde criança isso acontece. Muitas crianças são recompensadas com um doce, um chocolate, quando tiram uma nota boa na escola, ou quando se comportaram direito. Um aplauso, ou um abraço seria o mais adequado, não acha?

A carência, para alguns pode ser confundida com fome de poder. Esta pessoa tenta ter o máximo de amigos, de contatos possível. Parece que quanto mais for conhecido, quanto mais amigos tiver, menos vazio sentirá. O mesmo acontece com aquela pessoa que a cada noite tem um parceiro (a) diferente. São tentativas de aplacar a sua fome de afeto. É uma triste tentativa de reunir migalhas de carinho na esperança de aplacar uma grande fome.

A carência é uma péssima conselheira. Quando ela aparece, todo sapo horroroso é confundido com uma princesa linda ou um galã de cinema. Depende do tanto que a pessoa bebeu, ou às vezes nem foi preciso. “De tanto procurar e não encontrar nada, qualquer sapo serve”. Note o quanto esta pessoa perdeu os valores próprios. Afinal, qualquer coisa só serve para qualquer um. Você se vê como um qualquer?

A carência deve ser primeiro entendida. “Você tem fome de quê?” Fome de carinho, afeto, proteção, amor?

Se você está sozinho, procure dar a si mesmo uma dose a mais de atenção. Faça o que você realmente gosta e se sinta realizado, nem que seja nas horas vagas. Pessoas satisfeitas que conseguem executar seus dons têm um nível de carência mínimo.

Cultive amizades sadias. Bons amigos são aqueles que se preocupam com você e são bons colos e ouvidos quando precisamos.

Se você está acompanhado e mesmo assim se sente carente, cabe avaliar onde está ocorrendo a falha. Será que é no relacionamento ou em você mesmo? Lembre-se que nenhuma pessoa pode fazer você feliz fora você mesma. A sua realização pessoal é um conjunto formado de realizações em diversas áreas: amorosa, profissional, auto-estima, espiritual, saúde e social. Devemos tentar nos realizar pelo menos um pouquinho em cada uma delas. Não adianta exigir demais de uma área para tentar suprir outra.

Então, sua fome é de quê?


Maria de Fatima Hiss Olivares
Psicóloga Clínica

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Desperdício




Estamos em um ponto onde não existe mais volta – ou o ser humano se conscientiza ou destruiremos de vez este planeta.
O grande problema da palavra conscientização é que a maioria das pessoas não a entende. Bem, vamos lá: conscientização é quando “cai a ficha”, quando entendemos algo de verdade.
No caso do tema de hoje, precisamos entender que nossos atos influenciam o meio em que vivemos e no que vamos deixar para nossos filhos e netos. Estamos acostumados a pensar momentaneamente e individualmente, ou seja, pensamos só em nós e no agora. A água que deixamos vazar pela torneira fará falta aos nossos netos. Estes mesmos netos terão que lidar com as toneladas de lixo que estamos produzindo e respirarão que tipo de ar, sendo que estamos acabando com as árvores?
Que tipo de amor é esse?
Você pega seu filho no colo, olha pra ele e sente amor, mas não pensa em como será o futuro desta criaturinha? E as gerações seguintes?
Você olha para sua netinha brincando e quer abraçá-la e beijá-la, com todo afeto que um avô sente, mas em que mundo ela vai viver depois que você não estiver mais aqui? Do que adianta uma boa herança se não existir o básico para a existência humana na terra, como alimento sadio, água potável e ar puro?
E como será a vida dos netos dos seus netos?
Devemos trocar a forma de pensar e analisar cada atitude nossa. Podemos sim, fazer muita coisa para ajudar.
Primeiro vamos lidar com o desperdício: você precisa de tanta coisa assim? Compre somente o que é realmente necessário e na quantidade certa. Você notará que precisa de bem pouco para viver, o resto é supérfluo.
Cuide do seu lixo. Quanto menos lixo produzirmos, melhor é para o planeta. Preste atenção por dia quanto lixo você joga fora, é o jornal, a caixa de leite, papéis, restos de comida, etc. O lixo polui tanto o solo quanto a água. Você sabia que o tempo de decomposição do papelão é de 3 meses, o nylon é de 30 anos e da fralda de bebê é de 600 anos – ou seja quando o tataraneto do tataraneto do seu bebê tiver filhos as fraldas do seu bebê desaparecerão.
Reutilize: muitas de nossas coisas podem ser consertadas e reutilizadas. Ensine seus filhos, será muito importante para a formação deles. As crianças deveriam presenciar os pais consertando coisas que se quebraram, para introjetarem a idéia e usarem em suas vidas. Aprendendo o conceito de reparação elas aprenderão a utilizá-lo também nas relações. Por exemplo: se houve uma briga com o coleguinha, a criança vai tentar reparar o erro e consertar a relação, a mesma coisa depois quando esta criança crescer, se seu casamento não der certo, ela não vai logo se separando e arrumando outro, ela vai primeiro tentar consertar. Falta muito deste conceito nos dias atuais, e se você fizer sua parte seus filhos agradecerão mais tarde.
Então conserte coisas em casa e chame-os para ajudar.
Passe pra frente: aquilo que não serve mais para você pode ser útil para alguém. Junte seus amigos e faça um bazar de trocas, ou melhor, faça um “dia do grátis”, onde todos levam coisas que não querem mais e colocam em uma grande mesa, depois cada pessoa pega aquilo de que precisa. É uma experiência muito interessante primeiro porque aprendemos a nos soltar, a nos desapegar dos objetos, depois aprendemos a receber, quebrando o preconceito de levar pra casa e utilizar algo que não é novo, que já foi de alguém e esta experiência nos traz a humildade. O fato de não saber de quem é o objeto também ajuda muito, pois assim a escolha fica sendo pela necessidade e não pela emoção.
Outro aprendizado interessante é como lidamos com o que é fácil. Se alguma coisa nos é oferecida de graça, a maioria de nós leva pra casa sem pensar se aquilo vai ser útil ou não. “Oba, de graça vale tudo”, mas não é bem assim. Precisamos aprender que até o que é de graça precisa ter uma real serventia, senão é melhor deixar para outra pessoa que vai realmente usar. Desapego é conscientização.
Resgate atividades lúdicas: sair para se divertir é caro e nem sempre prazeroso. Filas nos restaurantes, barulho, muita movimentação. Faça coisas diferentes. Chame os amigos ou reúna a família e resgate os jogos de tabuleiro de sua infância, ou junte seus vizinhos para um sarau onde quem sabe tocar um instrumento faz uma apresentação, aquele outro que fez poesias declama e aquela vizinha que pinta bem pode expor suas obras. Isto também serve para nos conhecermos melhor, ampliando nossos horizontes. Agora com a chegada do inverno, as festas juninas das ruas podem fazer parte do calendário da vizinhança.
Estas formas novas de diversão também reciclam a nossa alma.
Fazer a sua parte inventando saídas criativas para salvar o planeta vai lhe trazer muito benefício e prazer, pois é bom demais ter a consciência limpa e sadia.
Maria de Fátima Hiss Olivares
Psicóloga Clínica