domingo, 10 de abril de 2016

DESTA VEZ VAI SER DIFERENTE



                Aprendemos coisas o tempo todo. Nosso cérebro é uma maquina programada para aprender. Extraímos aprendizado de tudo, e foi assim que adquirimos a fala, começamos a andar, aprendemos ler, escrever, trabalhar, dirigir, enfim, tudo.
Baseado em erros e acertos, é assim que o processo de aprendizado funciona. Se caímos, temos que aprender a levantar, se tomamos o caminho errado, aprendemos que por ali não dá pra ir e corrigimos a rota, se o bolo ficou doce demais, corrigimos o açúcar. Formamos nosso conhecimento aprendendo, e assim evoluímos. Não existe “desinvolução”, porque uma vez que aprende-se alguma coisa, não conseguimos tirar aquilo da cabeça, não se desaprende nada.
Se colocamos o dedo na chama de uma vela e sentimos dor, retiramos o dedo instantaneamente. Repetindo o ato, teremos o mesmo resultado, e uma queimadura ainda maior. Aprendemos através da observação, do resultado e da repetição e comprovação do resultado. Guardaremos isso na memória, e no futuro, quando nos aproximarmos da chama de uma vela, já sabemos que não é para colocar o dedo ali.
É assim que aprendemos em todas as áreas da vida...menos no que diz respeito á valores pessoais e no amor. Nestes,  ainda somos muito “cabeças duras”.  Quer ver?
·         Lembra do último porre que você tomou, e jurou pra si mesmo nunca mais colocar uma gota de álcool na boca? A promessa durou até a próxima festa, onde o porre foi igual ou pior.
·          ou depois daquela feijoada , onde você comeu por quatro e depois, empanzinado, disse que aprendeu a lição da moderação, e que nunca mais comeria daquele jeito. A moderação durou até o churrasco de domingo.
·         ou quando você prometeu nunca mais emprestar dinheiro aos amigos, e acabou emprestando o que não tinha, de novo.
·         ou quando você falou para si mesmo que, desta vez iria arrumar um namorado(a) diferente e acabou com um(a) igual ou pior que o(a) ultimo(a).
No amor, o aprendizado é muito tortuoso, confuso mesmo, pois oscilamos entre errar continuamente ou fugir. É o seu caso?
Errar continuamente é escolher, sempre o mesmo tipo de pessoa para se relacionar que já deu problema. É a repetição de um padrão errado e todo namoro acaba sendo a reprise do anterior, como se você  estivesse rodando em círculos, sem nunca sair do lugar.
Se o resultado já foi ruim, porque insistir no erro? Porque não aprendeu de verdade.
Pense: tem lógica percorrer o mesmo caminho querendo chegar em outro lugar? Ou percorrer várias vezes o mesmo caminho, sem entender porque chega sempre no mesmo lugar.
Um caso é não perceber que há a repetição de um padrão, no outro caso é perceber esta repetição e não saber como fazer para mudar.
Se você percebeu o incomodo, já é meio caminho andado, o aprendizado já começou. Trazer á consciência que existe um erro sendo repetido, é uma grande evolução.
Auto analise e muita compaixão por si mesmo. Este é o caminho.
Perceber onde mora a repetição para poder sair dela e ter coragem para começar a caminhada por um outro caminho.


Maria de Fatima Hiss Olivares – Psicologa Clinica

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