Aprendemos
coisas o tempo todo. Nosso cérebro é uma maquina programada para aprender. Extraímos
aprendizado de tudo, e foi assim que adquirimos a fala, começamos a andar,
aprendemos ler, escrever, trabalhar, dirigir, enfim, tudo.
Baseado em erros e acertos, é
assim que o processo de aprendizado funciona. Se caímos, temos que aprender a
levantar, se tomamos o caminho errado, aprendemos que por ali não dá pra ir e
corrigimos a rota, se o bolo ficou doce demais, corrigimos o açúcar. Formamos
nosso conhecimento aprendendo, e assim evoluímos. Não existe “desinvolução”,
porque uma vez que aprende-se alguma coisa, não conseguimos tirar aquilo da
cabeça, não se desaprende nada.
Se colocamos o dedo na chama de
uma vela e sentimos dor, retiramos o dedo instantaneamente. Repetindo o ato,
teremos o mesmo resultado, e uma queimadura ainda maior. Aprendemos através da
observação, do resultado e da repetição e comprovação do resultado. Guardaremos
isso na memória, e no futuro, quando nos aproximarmos da chama de uma vela, já
sabemos que não é para colocar o dedo ali.
É assim que aprendemos em todas
as áreas da vida...menos no que diz respeito á valores pessoais e no amor. Nestes,
ainda somos muito “cabeças duras”. Quer ver?
·
Lembra do último porre que você tomou, e jurou
pra si mesmo nunca mais colocar uma gota de álcool na boca? A promessa durou
até a próxima festa, onde o porre foi igual ou pior.
·
ou depois
daquela feijoada , onde você comeu por quatro e depois, empanzinado, disse que
aprendeu a lição da moderação, e que nunca mais comeria daquele jeito. A
moderação durou até o churrasco de domingo.
·
ou quando você prometeu nunca mais emprestar
dinheiro aos amigos, e acabou emprestando o que não tinha, de novo.
·
ou quando você falou para si mesmo que, desta
vez iria arrumar um namorado(a) diferente e acabou com um(a) igual ou pior que
o(a) ultimo(a).
No amor, o aprendizado é muito
tortuoso, confuso mesmo, pois oscilamos entre errar continuamente ou fugir. É o
seu caso?
Errar continuamente é escolher,
sempre o mesmo tipo de pessoa para se relacionar que já deu problema. É a repetição
de um padrão errado e todo namoro acaba sendo a reprise do anterior, como se você
estivesse rodando em círculos, sem nunca
sair do lugar.
Se o resultado já foi ruim,
porque insistir no erro? Porque não aprendeu de verdade.
Pense: tem lógica percorrer o
mesmo caminho querendo chegar em outro
lugar? Ou percorrer várias vezes o mesmo caminho, sem entender porque chega sempre no mesmo lugar.
Um caso é não perceber que há a
repetição de um padrão, no outro caso é perceber esta repetição e não saber
como fazer para mudar.
Se você percebeu o incomodo, já é
meio caminho andado, o aprendizado já começou. Trazer á consciência que existe
um erro sendo repetido, é uma grande evolução.
Auto analise e muita compaixão
por si mesmo. Este é o caminho.
Perceber onde mora a repetição
para poder sair dela e ter coragem para começar a caminhada por um outro
caminho.
Maria de Fatima Hiss Olivares –
Psicologa Clinica
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